Eu, tu, ele e nós já somos demasiados!



Mais do que dois já é uma multidão, mas por vezes estamos sem estar e mantemo-nos agarrados a fantasmas, mais ou menos reais, nos momentos supostamente importantes!

O que fazer quando somos todos juntos a fazer amor? E não estou a falar numa orgia, parem lá de revirar os olhinhos. É igualmente complicado de gerir e tem sempre dois desfechos, ou nos vimos mais depressa, ou NUNCA mais, nada, nadinha... Os cheiros, o toque, o enrolar de uma outra pele, o som e o tom de uma voz que não se adequa, tudo, mas tudo mesmo serve para nos transportar para a pessoa que realmente queríamos e ainda consegue despoletar todos os sentimentos que deveriam estar sempre presentes quando nos unimos fisicamente.

TANTA gente a padecer do mesmo, sei-o porque por mais do que uma vez já aconselhei algumas amigas a usarem o método da "viagem" mental, para suportarem o toque de quem há muito deixou de estar. É duro, é massacrante e mata aos poucos. Fazer amor é totalmente distinto de fazer sexo, podendo conviver ambos naturalmente, se estivermos com a pessoa que nos liga os botões, quem escolhemos e queremos na nossa vida, a não acontecer, chega como uma espécie de castigo e depois do "amor" chega a culpa, os castigos emocionais e o afastamento.

Enquanto não estiver totalmente livre e limpa, jamais juntarei o corpo a quem não me percorrer inteiramente a mente e o coração. Já me basta sentir assim a tua falta, lutando diariamente para te limpar de mim, a última coisa que preciso, é de fingir que me estás dentro, até porque não seria possível, o que tu tens não se reproduz e sentir-me tocada por outras mãos, consegue-me fazer arrepiar, no mau sentido, até em lugares que não sabia possuir. Enquanto fores tu, não será mais ninguém, depois logo se vê!

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