Se não estás deixo de estar, até comigo...

Some day.

Se não estás, não durmo, ou faço-o aos pedaços, vendo-te de cada vez que abro os olhos e sentindo-te sempre que os fecho. Se o teu corpo não abraça o meu, a minha fragilidade agudiza-se e sinto a loucura a espalhar-se, pelo sangue, deixando-me viva, mas dorida. Se não estás, também não estou eu, não aqui e não em lugar algum. Se não estás paro de pensar, ou penso de forma tão lenta que nada parece servir-me. Se não estás não tenho boca que me beije, nem mãos que me percorram o corpo que tão bem conheces...

O meu coração agora está sempre ao rubro e deixa-me a acreditar que preciso, realmente, de ti. O teu amor é de um doce que o meu doce replica e saboreamo-nos, juntos e ao mesmo tempo. O teu sorriso, mal chegas, sossega qualquer distância mais prolongada e juntamos as historias, as que deixámos de viver com a falta que nos fazemos e as que tivémos que viver, para além da distância. O que trazes fica, e de alguma forma assegura-me do que me dás, mas não chega, nunca chega, quero sempre mais e mesmo que deixasses reservas de ti, iria continuar a precisar que estivesses.

Nunca pensei admitir que preciso de alguém, assim, como preciso de ti. Agora rendo-me sem qualquer defesa, mas na verdade deixei de precisar de me defender, és tão igual ao que planeei, que todos os planos anteriores se esfumaram.

Se não estás deixo de estar, até comigo e depois, vou percorrendo o que me resta. Sei que deveria regressar ao meu eu, aquele que tinha o que lhe bastava, mas desse já provei e gosto bem mais do agora, do nós e do amor que nos une. Agora quero ser capaz de fazer tudo, sem qualquer medo de estar a fazer em demasia, porque como até já previa, quando amamos a pessoa que nos ama da mesma forma, conseguimos dosear o que carregamos.

Se não estás também não quero estar e não importa com quem!

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