Ainda te lembras de ti?



Lembras-te de ti "ontem"? Ainda consegues colocar a pessoa nos momentos onde foste ora muito feliz, ora desalmadamente triste? O que fazes pelos outros, sentindo que poderias ser tu ou os teus em qualquer altura? O que te perguntas e de que forma respondes aos teus actos? Será que te permites balanços e sabes como te colocar no outro lado da vida? 

Lembras-te de ti quando sentias medo até de pensar, achando que atraías o inevitável? Tudo passa pelo que sentes, bem mais do que pelo que pensas, de contrário não faltaria, até porque vai e volta pensamos horrores sobre umas quantas almas e tornamo-nos incapazes de não pensar mal de nós por permitirmos que me perturbem. Lembras-te de ti quando te agarravas ao que hoje te saberia a nada, (para mim seria a café) ou a outra qualquer bebida amarga? Lembras-te de ti mais ingénuo e permissivo?

O tempo tem uma capacidade extraordinária de colocar tudo nos lugares certos. Se o quisermos acompanhar e respeitar, ele arranjará forma de nos reajustar, ajustando até ao milímetro o que nunca coube no nosso Universo. O tempo é uma poderosa ferramenta e quando usada para o bem trás-nos habilidades que nem julgávamos possuir. O tempo opera com a nossa consciência e apenas ela nos dirá o que está certo e o que será sempre errado. O tempo não cura nada, apenas nos permite o que acabará por nos curar, se para isso estivermos empenhados...

Lembras-te de ti "ontem" quando e enquanto sofrias por amores desmedidos e que agora medes com bagos de arroz? Pois, a realidade será sempre demasiado ampliada por ti e só tu tens o poder de voltar a ver como é suposto. Boa sorte com a tua tarefa interior e lembra-te, o tempo é o que escolheres fazer dele, por isso usa-o bem!

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