17.4.19

Porque razão ainda sinto medo?

" Ser meu amor incondicional. "


Ligas-te, aflito, mas apressas-te a tranquilizar-me. Vou-te ouvindo com muita atenção e concordando, porque a tua maturidade deixa-me perceber que pode ser como antecipas e que se confiar será da única forma possível, bom.

Hoje estive assim e nem o sol me deixou derreter o nervosismo, porque sei de que forma me queres e o que acontece quando me tocas. Temos química, eu e tu. Temos o mesmo sentido nas palavras e conduzimo-las de igual forma. Um acaba sempre por concluir a frase do outro, ou por perceber o que se diz, muito antes de ser dito. Temos uma necessidade emocional latente, queremos alguém na nossa vida que ajude a superar tudo o resto.

Somos ambos tão lá acima, porque estamos no mesmo patamar e porque andámos pelos mesmos caminhos. Lemos compulsivamente. Gostamos dos mesmos autores e até descobrimos que já relemos mais do que uma vez os livros que nos tocaram a ambos. És tão eu, que parte de mim duvida que estejas desse lado. És sempre tão cuidadoso e acolhedor, nesses teus braços que me parecem sempre gigantes, que acabo a caber neles inteira. És o que preciso e nunca tive tantas certezas na vida.

Por vezes o meu medo passa pelo que serei eu capaz de te dar, mas tu entras em cena e dizes que tenho tudo, que sou tudo e vou transcrever a tua mensagem:

"Alimentas-me, enches-me e preenches-me. Entras a cada dia um pouco mais na minha cabeça e passas a dominar mais de 70% do que sou e do que faço. Fazes sentido comigo e se não te leio, se não te sinto, se não te oiço, nada fica completo e quase que arrisco uma sensação de desespero, de um ar que não circula e que me abandona. És a mulher que já procuro há tanto tempo, que quase arrisquei desistir, mas chegaste e como não sou louco, jamais te deixarei sair de mim".

Mas então porque razão ainda sinto medo afinal?

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