E lá voltamos nós!


E lá voltamos nós, ao vai vem que nos confunde e não permite que saibamos quem somos, o que precisamos neste momento e ponto da vida, para que possamos olhar em conjunto. Quando não és tu a duvidar e a recuar, sou eu a julgar-te até pelo que não pensas, porque pensar é o que faço com demasiada agilidade. E lá voltamos nós a querer muito, dizendo e usando as palavras certas, as que o outro precisa de ouvir, mas a fazermos muito pouco. Parecemos duas pessoas em cada uma e demonstramos personalidades que não se encaixam em nenhum padrão. Falamos do que não aceitamos, mas acabamos a aceitar as nossas inseguranças, minando um amor que ainda apenas agora começou. E lá vamos nós, totalmente descrentes de alguém que nos possa enriquecer e devolver os sonhos. Continuamos fiéis à nossa bagagem e nunca a distanciamos demasiado. E lá vamos nós, sem saber o que fazer para que também o outro faça alguma coisa. Não damos o primeiro passo e culpamos quem nos culpa, porque já não sabemos ser nem fazer diferente. E lá vamos nós, a dizer que estamos bem assim e que o amor dá trabalho, quando o que quase nos afoga é o medo de voltar a amar, de forma simples e descomplicada, pelo menos no inicio. E lá vamos nós, sem nunca ir a lugar algum e permanecendo no que nos fixa a um chão que não queremos pisar...

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