Aos dezanove dias do mês de Dezembro...


•D R E A M S•

Nunca uso palavras em vão, mesmo que as use diariamente e nas mais diversas formas. Nunca me gasto ou desgasto, não demasiado tempo, a tentar explicar o que alguns NUNCA serão capazes de entender. Não, porque não são. Não, porque não têm uma grama de sensibilidade e bom senso. Não, porque são demasiado pequenas e apenas conseguem ver até onde alcançam (não se lembram de sequer subir a um banco). Não, porque não me apetece. E porque nunca digo mais do que devo, faço questão de dizer apenas o que significar o que pretendo, assim sendo, aqui vão os meus votos para todos e cada um de nós:

Não vou falar do Natal, esse há muito que foi desvirtuado e até prova em contrário, não me entra, não neste formato. Vou, isso sim, falar de mais um final de ano, porque ele está aí, já, já ao virar de mais uma enorme esquina. Não se esqueçam que tiveram cerca de 365 dias, mais coisa menos coisa, para se decidirem, primeiro ponto. Depois para visualizarem e só depois carregarem as certezas. É MUITO TEMPO, não têm desculpas. O tempo é o que fazemos dele e só deverá estar quem importar, mesmo.

Não vou falar da ceia, nem sequer das prendas que adquiriram com enorme esforço alguns e com total alheamento outros, apenas para parecerem bem, porque quem é verdadeiramente importante para nós, não tem um dia, nem dois e muito menos os calendarizados, tem todos e em cada um podemos fazer TUDO. Vou falar dos balanços. De cada um dos dias em que puderam fazer tudo diferente e apenas repetiram, uma e outra vez, os mesmos erros. Vou falar da segurança interior que carregam os que sabem o que dar para receber. Vou falar dos que não se deixam corromper com desculpas indesculpáveis, porque a nós, os crescidos, não pode ser permitido tudo. Vou falar daqueles com os quais não conseguimos contar para nada, simplesmente porque não contam na nossa vida, não existem, apenas se misturam, na esperança de que se veja para lá do que são. Vou falar dos de alma perdida, porque não saberão como se restaurar, nem nesta nem em muitas outras vidas e sim, sou pessimista em relação a uns quantos.

Aos dezanove dias do mês de Dezembro, perdi alguns segundos a desejar que sejam melhores em 2018. Mais genuínos. Mais honestos. Mais leais, primeiro convosco e depois com quem também fizer parte do vosso mundo, e ainda mais generosos, quem sabe assim não se redimem de todo o mal que se infligem, porque os outros continuarão, nas suas vidas, mas a vocês restará apenas arrependimento e ele por vezes mata. Hoje, tal como em todos os outros dias da minha vida, dou sempre o melhor de mim e recebo em troca mais dias de sol na alma, a que alimento com todo o cuidado para que nada me falte quando parar de os contar.

Vou desejar-vos um excelente final de ano e que ele possa ser o reflexo do que já aí espreita!

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