Já deixei de querer reagir a quem não me provoca reacções positivas. A minha tolerância permite-me perceber que algumas pessoas nunca terão forma de evoluir e acabarão, inevitavelmente, por se agarrar ao que não as mantém à tona da água, mesmo que acreditem que sim. Já muito pouco do que é externo a mim me afecta, não porque a couraça seja mais dura, mas simplesmente porque não me cabe mudar os outros ou sequer dar aulas gratuitas. Já deixei de esperar que olhem da mesma forma que faço, a minha visão da vida será muito própria e carregará apenas a pessoa em que me torno, dia após dia. Já deixei de aceitar explicações vãs, ou a falta delas, hoje, ainda mais do que ontem, vivo no único mundo que me importa, no meu. Já deixei o coração sossegar e muito dificilmente alguém o voltará a fazer bater de forma descompassada ou irracional. Já só digo o que é verdadeiramente importante!
Os começos fazem-se pelo princípio, claro, mas nem sempre iniciamos da mesma maneira e com a mesma intensidade. A necessidade de encontrarmos no outro o mesmo amor que sentimos, por vezes deixa-nos a fantasiar bem mais do que a viver e as quedas poderão ser fatais. Os sinais estão sempre lá. A forma como sentimos quem nos sente, é clara e apenas nós escolhemos a versão melhorada da coisa. Quem nos quer demonstra-o, sempre e em todos os momentos, sobretudo nos começos. Quem não sabe o que fazer connosco, escuda-se a mais emoções e retira-se, nem sempre de forma airosa, para que os seus danos não sejam maiores. Nós, os sonhadores de serviço, escolhemos no entanto fingir que não estamos apenas a ler bem as legendas e espetamo-nos de cara no chão, deixando cicatrizes bem visíveis e duradouras. Quando é que reconhecemos quem nos ama ? Quando nada carrega dúvidas, mesmo que as relações sejam envoltas em muitas perguntas, avanços e recuos. Quando as emoções têm a mesma densidad
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