Tudo, todas e todos, aqui, num mesmo lugar!


Tudo o que nos rodeia influencia o que fazemos, quem somos em momentos diferentes e o que nos sentimos capazes de dar, doando-nos mais ou menos, bastando que o tempo mude e o mundo gire, sempre para o mesmo lado, mas parecendo ser ao contrário. Tudo o que nos disserem afeta a forma como nos ouvimos, ouvindo bem ou mal, melhor ou pior, as palavras de sempre, porque a maioria apenas se repete. Tudo o que temos dentro sairá eventualmente e nem sempre nos melhores momentos, ou exactamente quando era suposto se já nos conhecermos o suficiente. Tudo o que já sentimos quando sentir poderia parecer um luxo, chegará para nos ensombrar ou apaziguar das escolhas, boas ou más, mas provavelmente as possíveis.

Se dúvidas houvesse de que somos únicos, iguais em tantas diferenças e ainda assim tão diferentes que colidimos com os que não se identificam ou entendem, bastaria que olhássemos, atentamente, para os movimentos que o corpo expressa até quando parece estático e para as palavras que jorram sem que as possamos controlar, ou que quase nos sufocam porque as escolhemos reprimir. Se servíssemos para completar a mesma taça, nunca teríamos como brilhar e alguns nunca seriam tão pouco que quase parecem não ser nada.

Todas as razões que encontramos para justificar o que fazemos, nem sempre justificam o que está errado à partida, mesmo que nos sacie a boca e conforte o corpo. Todas as desculpas que arremessamos para que aceitem o que não fazemos quando era suposto, ou fazendo fora do tom, do espaço e do que nos é humanamente permitido, não desculparão o que nunca será certo. Todas as pessoas nos merecem o tempo que precisaremos para nos certificarmos de que são quem permanecerá, ou percebendo que nunca poderão ser nada que nos encha e preencha a alma já tão fustigada. Todas as emoções que provocamos por já estarmos plenos das que nos bastam, apenas servirão para que percebamos o quanto somos necessários na vida de alguém, ou como nunca faremos falta alguma.

Tudo o que vai volta, tal como tudo o que arremessamos, com mais ou menos cuidado, ser-nos-á cobrado ou oferecido, a escolha é nossa, sempre e cada vez mais nossa!

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