O que tem sido mais difícil?



O mais difícil é e será sempre começar!

Estou, a cada dia, mais consciente do que preciso de mudar em mim, para ser mais plena e menos séria, parando de cuidar de tudo como se de um assunto de Estado se tratasse. Sou um ser em constante evolução, mesmo que entre em conflito comigo e me tenha que forçar a reavaliar, escolhendo caminhos que serão seguramente mais pacíficos.

O mais difícil tem sido encaixar um modelo novo de amor, mas que a ser bem sucedido, revelará uma mulher mais preparada, desinibida e ligeira.

Agir por impulso quando sou impulsionada a questionar o que sempre considerei ser certo, tem-me fustigado qual chicotada física. Dizer o que carrego dentro, passando por ser a detentora da verdade, tem-me feito tolerar umas quantas mentiras mal camufladas, mas infligido dores que me vão transformando e nem sempre para melhor. Sentir menos parece ser do consenso geral e na verdade se generalizar, se me camuflar e misturar com o rebanho, conseguirei passar entre os pingos da chuva, ganhando bem mais no final. Pedir o que faz com os meus pedidos sejam naturais e simples, por ter aprendido a escolher a melhor paleta de cores, não me diminui, ao invés confere-me um poder que desconhecia e que na verdade todos temos, que é o de usar os outros para nosso benefício pessoal. É feio? Declaradamente sim, mas é, mais do que antes, um ritual de sobrevivência.

O mais difícil tem sido desistir do amor como o pareço ter fantasiado, porque a verdade é que nunca esbarrei em nenhum como tantas vezes escrevi e sonhei.

Estou, declarada e determinadamente, uma mulher diferente, mas sei que serei, pela primeira vez, a maior beneficiada.

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