E se fosses o meu mundo?



Para que alguém represente o meu mundo como o pretendo viver, tem que já ter vivido o suficiente e de forma sábia. Para que me entregue, inteiramente e sem questões incontornáveis, terá que saber contornar os meus receios, assegurando-me de que estará na mesma passada, ou a procurar acertar a de ambos. Para que possam valer a pena os inevitáveis desgastes e esforços que sempre coloco em tudo o que faço e que por vezes aparentarão ser em vão, o seu sorriso terá que me iluminar por dentro, retirando quaisquer possíveis nuvens. Para que me saiba amada enquanto amo, mais do que ouvir, terei que sentir, sem qualquer dúvida, que me amarão em cada toque e movimento. Para que avance no jogo, nem que seja para a casa seguinte, cada jogada terá que ser munida de muita inteligência emocional.

Se escolheres ignorar as "red flags", acabarás por pagar, com juros altíssimos, a falta de discernimento ou a entrega infantil. Cada um dará apenas na proporção do que tiver dentro e ou te serve, ou não de todo, mas se continuares numa espera que não termina, por a viagem ter sido apenas iniciada por ti, jamais conseguirás a sensação gratificante e plena, de teres chegado a algum lugar que acreditas merecer. Se te retirares da equação, quando deverias ser a pessoa mais importante, terás que te contentar com o resultado, qualquer que venha a ser. Mas se desistires, porque também te é permitido, sobretudo após muitas lutas inglórias, conseguirás limpar as feridas que te auto-infligiste pelo tempo que cada uma levará a sarar. Se já tiveres decidido que o que pretendes é ser feliz ao lado do amor que conseguirá ser parte do teu mundo, vais perceber que viver é naturalmente simples. 

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