Será que fico à espera?



De que forma nos podemos colocar em fila de espera, esperando que possamos ser verdadeiramente vistos? Onde podemos ir buscar a resistência e a crença na vontade dos outros em terem vontade de nós, desejando que não se demorem e que o atraso não nos faça partir?

O "jogo" das relações é o mais desafiante da vida, porque somos continuamente testados quando as certezas são mais distantes que a vontade de parar de duvidar. As emoções que nos envolvem perante os sentimentos do outro, parecem ter vida própria, mesmo que acredite serem sinais e alertas vermelhos, porque o nosso corpo, coração e alma sabem de tudo, sempre.

De que forma nos conseguimos diminuir para caber no mundo de alguém e que custos acarretam a desistência e a falta de amor próprio? 

Desistirmos de nós é um preço demasiado alto. Escondermos a dor, esperando que eventualmente alguém a leve, é tão ilusório quanto o amor que escolhemos sentir sozinhos e que não saberá ao sabor do simples e do real. Terminarmos os dias tão sós quanto os começámos, apenas pode significar que afinal o que dizemos sentir significa muito pouco. Pararmos a vida, o tempo e os momentos que teríamos que estar a viver para que alguém eventualmente os queira viver connosco, é esperar que o mundo gire ao contrário até que nos aceitem.

De que forma podemos voltar a ser apenas nós sem demasiadas mazelas?

Enviar um comentário

0 Comentários