22.10.16

Para quem transferes os sentimentos?

the #beautiful #caradelevigne and her infamous #boldbrows:

Quando chegas ao final, quando te dizem que terminou e que não és tu, o que sentes? Para quem transferes os sentimentos? A quem culpas pelo que falhaste ver? Como voltas a ser a pessoa de antes, a que ainda confiava? Não voltas. Os percursos começam e terminam onde era suposto, e quando acreditas que existe algo ou alguém que te protege, entendes que o que quer que venha a acontecer, só poderia ter sido dessa maneira. Mas será que ajuda ou ameniza? Não, nem poderia, sobretudo para quem sabe que só espera que lhe façam o que fizer, que só quer que ofereçam o que tiver oferecido e que não precisa que jurem o que não forem capazes de cumprir.

A quem vais dizer que estás tão dorida por dentro que sentes que jamais voltarás a ceder? A quem e com quem poderás chorar mostrando que tens fragilidades e que precisas de colo, como todos os outros mortais? A quem convencerás que também queres que te oiçam e que te vejam como uma mulher que nem sempre acerta e vence? A quem conseguirás provar que simplesmente não consegues pôr os pés no chão e que "hoje", pelo menos "hoje", não vais ser a que tem força e a que consegue e faz acontecer?

Finalmente acabas a perceber que se tens que ser forte então irás sê-lo, de modo a que mais ninguém te volte a enfraquecer e a deixar envergonhada contigo. O que te fizer mal, o que te desgastar a alma, o que te der demasiado trabalho, fazendo o amor parecer uma obrigação, nunca te deveria ter levado mais longe do que UM dia, aquele em que toda tu soubeste que simplesmente não eras tu.

Não vais poder transferir os sentimentos para ninguém, terás que ser tu a diluir cada um, porque foste tu que escolheste receber o que não te pertencia. O que nos une é a mesma energia, dois seres entrelaçam-se porque estão no mesmo nível energético, mas à medida que a relação avança, nem sempre evoluem da mesma forma e podem, isto é o mais comum, desnivelar-se.

Quanto mais te conheceres e te sentires próxima do teu EU espiritual, mais depressa entendes, aceitas e avanças. Nenhum dia consegue ser igual ao outro. Nenhum ser que te chega, consegue a consistência necessária para nunca ser questionado. Nenhum amor dura mais do que era suposto acontecer, para te permitir crescer e evoluir. Nenhum desamor é tão grande, que mereça o teu desalento ou descrédito, porque o que for teu, contigo ficará, para sempre. Acredita e prossegue!


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